RESUMO da palestra “O Premio Nobel de Física 2017: A detecção de ondas gravitacionais”.

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A física oferecida no nível de graduação em curso superior descreve fenômenos em sistemas físicos fechados que apresentam um comportamento linear, mas as maiores manifestações da natureza são não lineares e correspondem a sistemas físicos abertos. No ano de 2015, a mídia noticiou sobre a detecção direta de um sinal linear de natureza gravitacional (uma onda gravitacional) que na sua origem, a 1,3 bilhão de anos-luz de distância da Terra, foi intensissimamente não linear, e que resultou da colisão de dois buracos negros com massas de, aproximadamente, 36 e 29 vezes a massa do Sol, sendo que a energia inicial que a onda gravitacional carregava era equivalente a três vezes a massa do Sol. Como os cientistas responsáveis pela descoberta, que depois ganharam o Premio Nobel de Física, chegaram a esses e outros resultados? Quais são os fundamentos físicos e que tem a ver a ‘Teoria Geral da Relatividade’, desenvolvida por Albert Einstein, com todo isso? Quais foram as rigorosas etapas que tiveram que ser superadas para se chegar ao convencimento de que tal detecção não correspondia a um evento espúrio? Nesta palestra exporemos os principais argumentos de natureza experimental, teórica, de simulações computacionais, que justificam essa descoberta. Finalizaremos enfatizando que um resultado dessa magnitude não poderia surgir de um trabalho ocasional ou de pura sorte, senão do esforço intenso e perseverante de mais de mil cientistas durante várias décadas.